Viver a 300 metros de um dos maiores festivais da Europa, faz-nos tomar consciência de algumas aspectos que não vemos quando somos "clientes". Em frente ao MACBA estava um dos espaços do Sonar, em plena Praça dels Angels, limitado por tapumes de madeira, ou seja, podia-se ouvir tudo o que se passava para lá das "paredes" do Festival, mesmo sem pagar bilhete. Neste espaço criou-se uma dinâmica curiosa: clientes e não clientes, juntavam-se por ali, a beber cerveja, conversar e ouvir a música a níveis bem mais simpáticos do que dentro do próprio recinto. E ali mesmo na rua, estava tudo - a experiência Sonar - música, copos, gente de todo o mundo... the package! E se facto as pessoas vêm cada vez mais aos festivais pela parte social, pelo convívio, para conhecer gente, fazer amigos, fazer negócios e ter "experiências inolvidáveis", porque é que não se pensa nesse público também? Porque não se faz uma entrada social para os Festivais, sem direito a assistir aos espectáculos, mas a tudo mais? Ou melhor ainda, uma tenda ou recinto para convívio onde possam entrar só os detentores do "bilhete social".
A música seria o ponto de partida para tudo o mais mas não era o protagonista, o protagonista seriam as pessoas, as conversas, o contacto pessoal. ..
Pode ser um nicho de mercado interessante, bem visto!
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